Juiz nega liberdade a mecânico acusado de matar professora no Piauí

A decisão do juiz Willmann Izac Ramos Santos, da Vara Única da Comarca de Luís Correia, foi dada na quarta-feira (11).

Selene Veras Roque e Raimundo Neto Pereira

O juiz Willmann Izac Ramos Santos, da Vara Única da Comarca de Luís Correia negou o pedido de liberdade feito pela defesa do mecânico Raimundo Neto Pereira, acusado de assassinar a esposa, a professora Selene Veras Roque com 26 facadas, durante uma discussão no município de Luís Correia. A decisão foi dada nesta quarta-feira (11).


Nos autos, o magistrado destacou que o acusado foi preso devido a particularidade do crime, que foi realizado com agressividade acima do comum em assassinatos.


“Não somente com fundamento na existência de comoção popular, mas em face da particularidade dos fatos, tais como a agressividade como o crime foi praticado, acima do que é comum acontecer nos crimes de homicídio e em face de o réu ter empreendido fuga, demonstrando que pretendia frustrar a aplicação da lei penal”, destacou.


Ainda segundo os autos, o juiz apontou que por fugir após ter realizado o crime, o acusado revela ter desprezo com a convivência social. “O fato de ter empreendido fuga revela seu total desprezo com as regras de convivência social, não dando qualquer garantia ao juízo de que responderá a todos os atos do processo, inclusive em caso de eventual condenação, podendo empreender fuga para se esquivar da aplicação da lei penal”, ressaltou.

O crime

A professora e diretora de um colégio municipal, Selene Veras Roque, de 28 anos, foi morta a facadas pelo companheiro, o mecânico identificado como Raimundo Neto Pereira, de 32 anos, durante uma discussão no município Luís Correia, situado na região Norte do Piauí.


O fato ocorreu após o casal chegar em casa, localizada no povoado Lameiro, zona rural da cidade. “Os dois tinham acabado de chegar de Parnaíba, cidade onde os dois faziam pós-graduação. Ao entrarem na residência, teve início uma discussão entre eles, e o crime ocorreu”, informou o capitão Galeno, da Companhia Independente de Policiamento Turístico (Ciptur).


Os dois tem uma filha de apenas sete anos de idade, que não estava na casa quando o fato aconteceu. Posteriormente, o réu apresentou-se na delegacia onde foi interrogado pela autoridade policial e, confessou o feminicídio.


Fonte: Davi Fernandes/GP1