“Quebrado” Governo do Piauí reluta decretar falência financeira




Servidores terceirizados fazem protesto em frente ao Palácio de Karnak

Com vários setores da administração publica em greve e com os braços cruzados por não ter seus salários atrasados há mais de quatro meses, o governador do Estado reluta em não decretar falência financeira enquanto não receber R$ 315 milhões de empréstimo da Caixa Econômica Federal para sanar suas dívidas com terceirizados e credores desde o ano passado.

Os secretários da Administração e Fazenda, Franzé e Rafael Fontelles, respectivamente, mesmo gostando de aparecer na televisão a todo instante, desta vez, ao serem solicitados, se negaram dar esclarecimentos por não ter o que dizer. Mas todos já sabem os motivos: Estado quebrado financeiramente. 

Com justificativa pífia de que o sistema financeiro do governo ainda está desativado para empenhos e pagamentos, os dois secretários desconversam de que até após o carnaval e o pagamento dos servidores referente ao mês de fevereiro, recomeçam a atender os credores e terceirizados.
BOATOS OU VERDADE

Governador Wellington Dias, secretários Rafael Fontelles e Franzé

Há, nos corredores do Palácio de Karnak, notícia de que as empresas terceirizadas pagaram na segunda-feira (5) o valor referente ao décimo terceiro salário dos servidores que. A informação é do Sindicato dos Servidores Terceirizados do Estado do Piauí. O pagamento, entretanto, não regulariza a situação dos servidores, que estão com até três meses de salários atrasados.

De acordo com Thiago Reis, diretor do Sindicato dos Servidores Terceirizados do Estado do Piauí, o movimento grevista continua, já que existem outras pendências entre os servidores e o Governo do Estado. “O movimento continua. A gente do sindicato só vai descartar a greve no momento em que pagarem tudo”, disse Thiago.

De acordo com ele, as empresas provaram que o pagamento não foi feito por que os valores não foram repassados pelo Governo do Estado. "Vamos esperar até o final do dia. As empresas disseram que vão adiantar aos terceirizados mais alguns valores", disse o sindicalista.
Órgãos como Detran-PI, o Hospital Getúlio Vargas e o Centro Administrativo operam com 30% dos trabalhadores desde o dia 29 de janeiro. Os servidores reivindicam o pagamento de salários, décimo terceiro, ticket refeição e vale transporte. Cinco empresas estão com os salários dos servidores em atraso.(Jornaldacidadepi)