Polícia prende segundo suspeito de envolvimento em execução de amigos em Luís Correia, litoral do Piauí


Os dois amigos, Francivânio Mendes e Francisco de Assis Lopes Filho, foram mortos a tiros durante excursão na Praia de Atalaia, no dia 25 de junho. A motivação para o crime ainda é desconhecida.


Vídeo mostra amigos dançando na praia momentos antes de serem assassinados, no Piauí — Foto: Reprodução


A Polícia Civil do Piauí prendeu, nesta quinta-feira (13), mais um suspeito de participar do assassinato dos amigos Francivânio Mendes e Francisco de Assis Lopes Filho. O duplo homicídio ocorreu na praia de Atalaia, em Luís Correia, litoral do estado, no dia 25 de junho deste ano, e a motivação ainda é desconhecida.




O primeiro suspeito detido foi um adolescente, apreendido no dia 5 de julho, em cumprimento de mandado de internação provisória. O delegado de Luís Correia, Aldely Fontenele, informou que o suspeito preso nesta quinta fugiu para Teresina após o crime e estava na capital desde então.


"Ele tem 18 anos e é investigado em pelo menos três ou quatro homicídios aqui na cidade. Após praticar os crimes, ele retornou para um centro de reabilitação onde estava, em Teresina", contou.


Segundo o delegado, "informações desencontradas" atrapalharam a investigação, mas novas provas colocaram o suspeito na cena do crime e reforçaram a participação de outros suspeitos. Contudo, a investigação ainda está em andamento e, por isso, não foram divulgadas mais informações.


Testemunhas relatam à polícia que Gustavo Francisco de Assis e Francivânio Mendes foram baleados e mortos por quatro pessoas que chegaram à praia em duas motocicletas. Eles faziam parte de um grupo de turistas de Teresina que viajava em excursão para o litoral.


Conforme a polícia, o adolescente apreendido foi "reconhecido por várias testemunhas por meio de depoimentos e autos de reconhecimento que compõem o inquérito". Com ele, uma motocicleta e dois capacetes utilizados no crime foram apreendidos.


Testemunhas 'dificultaram' investigação
Em 27 de junho, dois dias após o crime, a Polícia Civil informou que as testemunhas estavam "dificultando" a investigação sobre o duplo homicídio. Caso fosse constatado que havia tentativa de prejudicar as investigações, a polícia informou que poderia até pedir a prisão dessas testemunhas.


Segundo o delegado geral Lucy Keiko, várias pessoas foram ouvidas e nenhuma havia prestado informações relevantes sobre o caso, especialmente o que pode ter motivado o crime.


Além de Francivânio e Gustavo, outras duas pessoas foram baleadas: Isael Ribeiro e Manoel dos Anjos. Os dois foram levados para o Hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, e passam bem.


A polícia pede que quem tiver informações sobre os demais suspeitos, faça denúncias anônimas por esse link.


Sem passagens pela polícia

Os velórios dos amigos de infância foram marcados por comoção e pedidos de justiça pelas famílias das vítimas. Francisco de Asssis Lopes Filho, 29 anos, trabalhava como pedreiro. E Francivânio Mendes, 38 anos, era sapateiro. Eles não tinham antecedentes criminais.


"Os dois eram trabalhadores, amigos de infância, infelizmente por uma covardia perdemos eles. Nunca foram envolvidos com nenhum crime, não mexiam com ninguém. Estamos só divertindo, era uma viagem que eles faziam todos os anos. Queremos justiça pelo que aconteceu", disse a prima de Francisco de Assis, Daniele Lima.


Fonte: Portal G1 PI