“ Lá tem cemitério”: diz candidato ignorante ao pai que queria enterrar o filho perto da família

Será sepultado hoje, às 16:00, no Cemitério N. S. da Conceição, o corpo do jovem Jean, filho de D. Maria de Jesus e do Sr. José Toan, que faleceu em Brasília, em decorrência de um acidente de transido. A família reside no Bairro Santa Luzia, onde o corpo está sendo velado.

Amigos da família, consternado, acompanharam o sofrimento a as dificuldades, para que o translado do corpo fosse realizado e pudesse ser sepultado em Luís Correia, próximo dos familiares.

Não é a primeira vez que acontece casos dessa natureza, em que famílias humildes não têm condições de trazerem seus entes queridos para serem sepultados em sua terra, ao lado dos seus. Como também não é a primeira vez que o auxílio daqueles que se dizem “amigos políticos”, estando como prefeito ou em campanha, negam essa ajuda, com frieza, desdém e ignorância.

Luís Correia conhece a história da mãe que tendo perdido o filho, foi pedir ajuda de um prefeito ignorante e ele mandou ela ”comprar sal para salgar o corpo que dava para chegar e ser sepultado”. Mais uma vez a história se repete, agora com o candidato em campanha. Procurado pela família o candidato disse ao pai, “ Por que o Sr. não enterra lá mesmo, lá tem cemitério? ” É possível imaginar crueldade maior?

Ignorância, desumanidade, falta de compromisso, falta de compaixão, devem ser combatidas em todos os momentos da vida, principalmente na política, onde no discurso pelo poder vale todo tipo de disfarce: transforma lobos em cordeiros, ignorantes em vítimas, inimigos em aliados.

Um pai que procura ajuda para enterrar um filho, merece todo nosso respeito e solidariedade, e não é vergonha. Vergonha é se dizer representante de um povo e não compreender sua dor.

Nessas horas é que se conhece os amigos, aqueles que nunca fecham suas portas para os mais humildes.

Que Jean descanse em paz! E que a família possa entregar à Deus sua dor.

por Daniel Fossey