Candidatos usam números da violência para fazer campanha



Segundo o jornal Diário do Povo desta sexta-feira (05/09), um dos três maiores problemas da população, ao lado de saúde e desemprego, a segurança pública dominou os programas eleitorais dos candidatos a governador exibidos esta semana. Apareceu também nos programas dos candidatos a deputado estadual de ontem. O senador Wellington Dias, candidato a governador pelo PT, afirmou que somente no mês passado foram assassinadas 73 pessoas no Piauí. Os dados são do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí).



Ele citou dados de assaltos a bancos, latrocínios e outros crimes e responsabilizou o governo do Estado pelos índices de violência e criminalidade. Wellington acusou o Governo Zé Filho de não ter políticas públicas concretas para a área de segurança pública, e disse que na gestão dele, de 2003 a 2010, o Piauí era tido como o estado mais seguro do Nordeste.



COLIGAÇÃO DESMENTE EX-GOVERNADOR

A reação da coligação Piauí no Coração, encabeçada pelo PMDB, veio em várias frentes. Nos últimos dois dias, o PMDB exibiu vídeo mostrando que a violência cresceu no período em que Wellington governo o Estado. O vídeo exibe manchetes e notícias de veículos de comunicação sobre violência e criminalidade. "No programa eleitoral, o PT afirma que no governo dele, a segurança era muito melhor que hoje. Essa é mais uma tentativa de iludir você, eleitor. Vamos ver as manchetes dos jornais da época do governo do PT. Elas contam a verdade", diz o apresentador, no programa.



PT GASTAVA MAIS COM PROPAGANDA QUE COMUNICAÇÃO

Em seguida, o programa exibe manchetes de jornais mostrando o aumento dos casos de violência, que o governo gastou mais com Comunicação do que com Segurança, que a violência está fora de controle, entre outras. "No programa eleitoral, o PT dá a entender que foi no governo dele que o Piauí se tornou o estado mais seguro do país. Isso não é verdade", finaliza o programa.



‘WELLINGTON NÃO INVESTIU EM SEGURANÇA’

Ontem, o ex-secretário de Segurança Pública, Robert Rios Magalhães, afirmou que a Polícia Militar precisa de um efetivo de 6 mil homens. Ele disse que há dez anos não fazem investimentos em segurança e que alertou o então governador Wellington Dias (PT) sobre os índices de violência e criminalidade, mas não foi atendido. Robert foi secretário de Segurança no Governo Wellington Dias. A coligação Piauí no Coração, do PMDB, denunciou no programa eleitoral que faltam investimentos do governo federal para os estados melhorarem os equipamentos de segurança, e reafirmou que os índices altos vêm desde o governo petista.



‘ESTÃO FAZENDO TERRORISMO POLÍTICO’, DIZ SECRETÁRIO

O secretário estadual de Segurança Pública, Luís Carlos Martins, disse que o boato sobre uma série de assassinatos e sobre o aumento da criminalidade em Teresina tem cunho político. Segundo ele, o alarde que se faz em torno do assunto tem levado terrorismo e amedrontado a população de Teresina. De acordo com Luís Carlos , nas últimas 24 horas dois boatos causaram pânico na cidade – a informação inverídica sobre tiroteio na ponte Estaiada e supostas ameaças de mortes através do celular nos bairros Dirceu Arcoverde e Renascença, zona Sudeste.


Luís Carlos assegurou que a polícia está fazendo a sua parte. Ele antecipou que a polícia fará várias ações em conjunto para reduzir os índices de criminalidade. O secretário ainda falou de um balanço da operação Brasil Integrado, que conta com apoio da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Bombeiros e Exército.